Robôs nas escolas

A primeira empresa a produzir robôs móveis no Brasil prepara-se para invadir as salas de aula brasileiras. A XBot de São Carlos (a 230 km de São Paulo) deve produzir só neste ano 40 robôs, o mesmo número de máquinas produzidas desde a sua criação, em 2007. A companhia atende principalmente escolas médias técnicas e universidades, mas alunos de outros níveis também podem aprender e interagir com os equipamentos produzidos pela empresa.

O carro-chefe da XBot é o RoboDeck, trata-se de um robô móvel que pode ser utilizado para a realizar atividades variadas, sobretudo nas áreas de pesquisa e educação. Além de outras aplicações em áreas como segurança, marketing e homecare. RoboDeck possui tecnologia 100% nacional com características relacionadas a mobilidade omnidirecional, que permite deslocamento em qualquer direção, sensores digitais e analógicos (GPS, bússola, acelerômetro, temperatura, etc), capacidade de acoplar câmeras digitais com interface USB, etc. O robô pode ser controlado remotamente ou funcionar de forma autônoma, para realizar tarefas pré-determinadas. Este robô permite acrescentar módulos opcionais como por exemplo, um computador embarcado com comunicação Wi-fi e Bluetooth. Além de permitir que outros módulos desenvolvidos por empresas e pelos alunos e professores possam ser acoplados ao sistema.

A prática é que vai dar a chance ao aluno de aprender mais rápido”, explica Eng. Denis Lopes, gestor de aplicações da XBot. Os robôs chegam às escolas em forma de kits, que podem ser montados e desmontados pelos alunos e professores. No próprio processo de montagem, começa o aprendizado prático, que pode se expandir de acordo com cada necessidade da escola ou universidade. O objetivo é aliar educação e entretenimento, termo internacionalmente conhecido como edutainment. Os robôs são produzidos para atividades de impacto e a empresa mantém assistência técnica permanente, além da orientação aos professores e material de consulta em português (manuais, etc).

O aluno consegue em um mesmo momento aprender conteúdos técnicos de mecânica, eletrônica e computação de forma envolvente, como se a eletrônica estivesse viva, literalmente se movendo”, ressalta Denis. A empresa também fabrica e comercializa outros produtos, como o Curumim que tem como objetivo promover o desenvolvimento educacional e aprendizado de conceitos técnicos nas áreas de lógica digital, controle, programação e robótica para alunos dos cursos técnicos. E o Sci-soccer que é uma solução adequada para quem deseja utilizar a Robótica para o ensino de programação e estratégia por meio do Futebol de Robôs, porém encontra dificuldades ou tempo escasso para desenvolver todo o projeto robótico (eletrônica, mecânica, comunicação, processamento de imagens, entre outras).